domingo, 30 de agosto de 2009

"One day can change your life. One day can ruin your life. All life is is three or four big days that change everything."
(Beverly D'Onofrio)
Apesar de ter dedicado esse final de semana mais para estudo do que para qualquer outra coisa, ele não foi tãããão torturante assim. Meu laptop ajudou bastante para que isso fosse possível. Fiquei fazendo resumo atrás de resumo diretamente da minha varanda, o que fez eu aproveitar um pouco o sol. Também descobri várias músicas legais que eu tinha baixado mas que eu não tinha passado pro iTunes, vi um filme lindo que eu tinha baixado no verão e que estava ali perdido nos Meus Documentos, joguei Mario e escrevi uns textos bacanas.

Não foi tudo tão ruim assim. Apesar da minha única companhia ter sido meu computador, às vezes acho que o ideal mesmo é passar um tempo sozinha. E nada mais adequado do que ficar sozinha justo no final de semana que antecede minha semana de provas.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Semana passada - ou retrasada, não lembro -, enquanto eu saia da aula de canto chegou outro cara para a próxima aula. O cara me olhou, me olhou, me olhou e por um momento eu me perguntei se eu não conhecia ele de algum lugar e não lembrava, então resolvi dar um conferes antes de ir só para ter certeza de que eu nunca vi o cara na vida. Afinal, antipática é que eu não vou ser, ? Mas eu realmente não tinha ideia de quem era a pessoa e larguei.

Aí essa semana meu professor explicou o porquê dos olhares. Sem mais nem menos ele me perguntou se eu me lembrava do "aluno louco" dele, e eu falei que nem sabia de aluno louco nenhum. Ele me explicou que o aluno louco era esse cara e que naquele dia, quando ele chegou na aula, ele falou pro meu professor que me achou muito bonita e perguntou se ele não tinha meu número.

!

Aí ele disse que não tinha meu número e que eu tinha só 16 anos (17 na verdade, mas tudo bem). Super se dando o trabalho de dar o fora no cara por mim. O que eu acabou sendo legal da parte dele, porque eu realmente não iria gostar de sair com um cara que, segundo meu professor, "tem um problema na cabeça". Porque ele tem 28 anos, está desempregado há 28, e mora com os pais. Além do quê, pelas coisas que meu professor falou dele, deu a entender que ele realmente tinha um problema.

Agora eu não sei. Se fico lisonjeada, ofendida ou o quê por um retardado ter me achado bonita.

domingo, 23 de agosto de 2009

(Não) Fazendo ligações

Às vezes eu tenho essa trave para fazer ligações. Por que tanta dificuldade em pegar o telefone, discar o número e FALAR? "Oi, tudo bom? Sou eu". Simples, não é? Muito, até demais.

Mas acontece comigo. Se tem dias que eu consigo ligar pra qualquer pessoa sem a menor hesitação, tem outros que isso é inviável, devido a uma espécie de insegurança, ou timidez, ou quem sabe até insuficiência de vontade.

Aí quando o tempo passa, quando o momento já não é mais adequado, aí sim que a coragem aparece e a vontade quase transborda de ligar.

Adoro isso. Olha, gosto muito.

Nessas horas que eu questiono onde ficou o meu impulso que até ontem estava presente.

sábado, 22 de agosto de 2009

Dos tempos de P.A.S

Encontrei meu histórico escolar atirado em cima da bancada da minha cozinha e resolvi dar uma olhada. A maioria dos colégios dão apenas a nota das respectivas matérias, mas eis que continuo a folhar o meu histórico e encontro também depoimentos de cada um dos professores do Pan American School. Um cometário em especial me fez rir. Era do meu professor de ciências.

" Paula é uma ouvinte atenciosa durante as aulas, porém eu encorajaria uma atitude mais ativa para evitar sua tendência a 'viajar' de vez em quando".


haha, eu ri. Eu ri porque era verdade,ou melhor, ainda é verdade. Estou sempre triping away, viajando.

Outro que me chamou atenção foi da minha professora de português:

"Atenciosa, tranquila, sabe respeitar limites, mantém bom relacionamento com os colegas e professora, geralmente realiza as tarefas."


Imagino que ela quisesse camuflar um pouco do meu desleixo com os temas de casa com esse "geralmente", mas não sei, pode ser só coisa da minha cabeça.

Lendo o resto dos depoimentos, percebi que boa parte deles diziam que eu precisava de mais confiança para dar minha opinião e inclusive para exercer outras tarefas individuais, mas que eu também havia progredido muito naquele semestre quanto a isso. Todos diziam que eu trabalhava bem em grupo, que eu era muito interessada e obediente. Uma maneira sutil de dizer "garota socialmente reprimida", hahahaha.

Mas melhor mesmo foi o Student's Comements, o meu comentário acerca do semestre em questão:

"A melhor coisa desse semestre foi matemática."


PAUSA DRAMÁTICA: matemática? MATEMÁTICA, a melhor coisa do semestre? OI?

Ok, seguindo adiante.

"Eu aprendi a dividir e estou melhorando em matemática porque tenho praticado bastante. Tenho trabalhado muito com minha caligrafia e minha letra está muito mais bonita agora. Estou trabalhando muito com minha escrita. Eu gosto de ler porque estou entendendo melhor agora. Gosto muito de falar inglês e acho que estou melhorando. É bom falar inglês com outras pessoas. Gosto da escola porque temos bastante tempo para aprender. Gosto de ciências também."

Fofa, ? Muito bonito eu dizer que gostava da escola porque tínhamos muito tempo pra aprender. Realmente, aula das 8:15 até as 15:00 era um puta tempo pra aprender. Só que em vez de gostar, eu odiava isso. Mas ei, pra que falar a verdade se podemos mentir?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Friday Night

Meus planos para essa sexta-feira eram colocar minha presilha nova nos meus cabelos que agora de repente ficaram ondulados-quase-cacheados, pintar as unhas de vermelho e ir pro W Hall com Chris e cia.
Por falta de carona, fiquei sem ir no W Hall e ouvindo Colbie Caillat com suas oh so sad love songs.

Broxante? Isso mesmo.

Meus planos para essa noite agora são colocar minha presilha e ir pra casa de uma amiga pintar as unhas de vermelho (capaz que eu vou deixar de ser fútil essa noite gents?).

Beijos e boa sexta feira para aqueles que vivem.
Sempre que meu irmão vai sair eu pergunto onde ele vai, porque eu sou uma boa irmã. Semana passada ele me disse que ia ver o filme do Bruno (cadê a trema nesse teclado? cadê?), sozinho. ÓBVIO que eu me convidei pra ir junto! Já estava louca pra ver o filme, já que na série Da Ali G Show, o Bruno é o único personagem que me diverte. Até lendo as legendas eu me divirto, eles trocam os V's pelos F's, pra dar a ideia de uma voz aviadada, sabe? Tipo "focê fai fir aqui em casa hoje?". hahahahahaha

Enfim.

Ele se RECUSOU a me levar. Disse que eu ia demorar muito para ficar pronta e fechou a porta atrás de si, assim, com a maior falta de educação. Fiquei ofendida, como se minha companhia fosse um porre até pro meu irmão, meu próprio irmão.

Aí quando ele voltou do cinema ele disse que, realmente, ele deveria ter me levado pra assistir o filme (óóun), porque eu ia rir demais. E é verdade, ele me relatou duas cenas do filme e eu ri muito só de imaginar.

Só sei que agora eu estou numa ansiedade danada pra ver o filme no cinema. Mas tem que ser no cinema. Quero muito ouvir os comentários alheios durante o filme, coisa que, sem dúvida, terá MUITO.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

- Pega as compras lá no porta-malas pra mim.
- Tá.
- E não faz essa cara.
- Que cara?
- Essa cara de quem ia reclamar.

Acontece que eu não ia reclamar. É que meu rosto adotou certa fisionomia devido às minhas 5 horas de sono + as 12 cansativas horas que passo fora de casa por dia. Fico cansada e com cara de bunda, mas não é por que eu quero, não.

Hoje, durante a aula passei por aquela situação bonita de ter que fazer esforço para manter a cabeça em pé e os olhos abertos, sem muito sucesso. Isso sem contar os 12 bocejos por minuto essa manhã.

Tinha esquecido como eu não gostava dessas inconveniências. Quero minhas 12 horas de sono diário que eu tinha nas férias de volta, faz favor.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mudanças são tão sutis e ao mesmo tempo tão impactantes. Com o passar do tempo nós adotamos algumas características, mudamos a maneira de pensar, falar, agir e, quando menos esperamos, já nem nos reconhecemos mais. Nós mudamos, e às vezes nem percebemos a transição.

Em um pequeno espaço de tempo eu consegui mudar algo que há muito tempo queria: consegui agir com menos emoção. Embora com algumas recaídas, eu consegui agir com menos efusividade e doçura e passei a agir com mais razão e arrogância. Não digo que foi exatamente o ideal, mas com certeza era melhor do que dar de cara na parede over and over again, uma coisa que acontecia muito comigo em função de todo aquele lado sonhador e sensível.

Mas como eu disse, não foi exatamente ideal essa transição tão brusca. Aí, eis que acontece - de novo - uma coisa que acende uma pequena chama no meu coração. Não faço a mínima ideia do que foi, mas acho que foi aceitação. Passei a aceitar algumas pessoas como elas são, aceitar minhas obrigações, aceitar algumas situações e aceitar minhas falhas, para que eu pudesse consertar meus defeitos. Mas principalmente aceitar que, se não estamos contentes com alguma coisa, só nós para mudar. E foi o que eu fiz, eu mudei, ó. Mudei o que não estava me agradando e de repente me vi livre de muitas outras coisas que eu nem sabia que me incomodavam. E isso me deixou tão feliz.

Acontece que com tudo isso eu acabei restaurando um pouco de meiguice na minha vida. Arrogância ainda existe, mas ao lado da meiguice. O que é bom, porque assim fica um equilíbrio bacana entre as duas idiocracias. Aos poucos vou me adequando de forma pragmática o que eu quero ser e um pouco com o que eu, em teoria, preciso ser para get by around here.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Efeito Borboleta

O que eu mais gosto dessa coisa de ler blogs alheios é encontrar nos textos certas semelhanças com os autores na maneira que eu penso (ou viajo). Ultimamente, tenho adorado ler o Ma vie est un Cirque. Apesar de algumas diferenças quanto a maneira de pensar - ou simplesmente de agir, já que eu sou tão impulsiva e faço muita coisa sem pensar -, encontrei muitas semelhanças com a autora do blog. Uma delas está nesse parágrafo:

"Adoro aquela sensação de chegar em casa de noite, depois de um cineminha com ele, botar a música a meia altura, deitar na cama e ficar esperando o coração desacelerar pra conseguir dormir...

Melhor ainda quando, no meio deste processo, o seu telefone apita uma mensagem dele.

Ai, ai... como são gostosas essas tais borboletas no estomago... Fazem até uma segunda feira parecer legal e promissora."


Quantas vezes já não recebi uma visita dessas borboletas? Pode ser que eu não estivesse apaixonada, mas, mesmo assim, não conseguia escapar do frio na barriga. E toda vez que isso acontecia eu me condenava um pouco, porque, quando a gente tem 12 anos até é compreensível, mas e agora? Nem existe indícios de relacionamento e já estou toda encantada? Como assim? Essa fase não deveria ter passado?

Pois é, ela não passa. A gente até aprende a controlar a euforia e a manter as expectativas baixas, mas as vezes não tem como se livrar das borboletas. Pelo menos não assim, logo de início. Afinal, ninguém quer se livrar de uma sensação tão boa, essa de chegar em casa com o coração acelerado.

Mesmo que no fim não dê certo, o que vale é o momento. E, contanto que as borboletas não subam a minha cabeça e não me façam falar ou fazer bobagens, elas serão sempre bem-vindas.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Traumas de Infância

Aqui em casa, qualquer um que tenha uma visão, opinião, gosto ou qualquer coisa diferente dos demais é praticamente condenado. FA-TO. Durante anos tive dificuldade de me expressar porque, toda vez que eu tentava, era um horror. Trauma meu.

Entendam que o drama é tão grande que durante minha infância achei que fosse errado:
- não querer usar a roupa que minha mãe escolheu;
- gostar de música nacional (essa aí veio do meu irmão);
- repetir a sobremesa (essa aí veio do meu pai);
- tomar chá com açúcar (mãe);
- falar palavrão (eu sei que criança falando palavrão é , mas até hoje meus pais me chamam de "baixa" quando falo "que merda");
- entre outras.

Essa coisa de condenar quem pensa diferente aqui em casa acontece até hoje, eu inclusive já aderi o hábito, admito. Por exemplo, quando meu pai chega em casa dizendo que está apavorado com a gripe A eu grito horrores com ele, porque sincero, acho ridículo alguém estar com medo de uma gripe cuja a mortalidade seja de 0,7. Ou então, quando minha mãe vem me falar da quantidade de aditivos químicos existentes numa maçã e do "veneno que é uma coisa dessas", eu logo reviro os olhos, porque c'mon! Não vou morrer com isso, é mais provável que eu morra de neurocisticercose comendo uma maçã orgânica mal lavada. Então não posso julgá-los pelos meus "traumas de infância", mas que é culpa deles, é. E ainda por cima virei teimosa, valeu aí.

Foi lá pelos meus nove anos de idade que eu acabei me resolvendo com essa questão de "opiniões diferentes" com pessoas no geral. Aprendi a me expressar. Por isso que hoje as roupas que eu uso são muito mais bonitas do que as que minha mãe escolheria para mim, sou apaixonada por Paralamas do Sucesso, sei que mais uma taça de sorvete - lá de vez em quando, claro -, não vai me deixar mais gorda e chá para mim só se for com açúcar, PORRA!

sábado, 8 de agosto de 2009

- Não pega essa estrada.
- Mas o GPS tá dizendo pra pegar.
- Marcelo, não pega essa estrada!
- MÃE. Eu vou pegar a estrada! Pára com isso!
- Marcelo, não confia nesse negócio! Segue reto!
- MÃEE, eu PRECISO pegar essa estrada pra chegar em Gravataí.
- Ah é? Então tá. Quero ver.
- ÓÓ?? Tá vendo! Tá vendo essa placa aqui que diz "GRAVATAÍ"? Viu como o GPS estava certo? Viu? VIU?
- ...
- VIU?
- ...
- Ahh, ficou quieta, é? Ficou quieta! Ficou QUIETA! hahaha
- Tá bom, tá bom, ponto pro GPS.

Síndrome da desorientação e complexo de estou-sempre-certa = MINHA MÃE.
Sou a pessoa menos entendida de carro no mundo, mas ainda assim, gostaria de mencionar o Lumeneo SMERA, um dos carros que julguei mais interessantes. Deixo aqui, copiado e colado, a introdução do texto descritivo do automóvel, e, seguido deste, o vídeo da propaganda do veículo. Recomendo que assistam o vídeo para terem noção do visual do carrinho.

" Em tempos de discussão sobre o que fazer para diminuir o trânsito, uma das soluções mais apontadas, além da melhoria dos transportes públicos, é a racionalização dos meios. Afinal, é absurdo, sob todos os aspectos, usar um veículo de uma tonelada, em média, para carregar uma pessoa de cerca de 80 kg para um lado para o outro. Motos, sob esse aspecto, são muito mais racionais, mas a exposição às condições do tempo, entre outras questões, acaba limitando os veículos de duas rodas a uma parcela pequena da população. Outra solução, considerando o amor das pessoas ao conforto que os automóveis oferecem, é diminuir o tamanho e o peso deles. É nessa linha de raciocínio que o Lumeneo Smera aposta. "



hahahahaha que divertido. Mas enfim, aqui estão as informações restantes sobre o carrinho, sem contar algumas fotos, pra quem quiser!


quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Now what?

Todo mundo achou o maior absurdo essa história de que, para exercer a profissão, não é mais preciso um diploma em jornalismo. Eu achei uma maravilha, não porque agora eu "não preciso fazer faculdade" - até porque vejo a faculdade como um instrumento de aprendizado, e não só uma forma de decorar o currículo com um diploma -, mas sim porque agora eu posso escolher outro curso de que eu tiraria muito mais proveito. Letras, por exemplo.

Sim, andei seriamente cogitando essa possibilidade. Acho que iria preparar-me melhor para o tipo de profissão que eu quero seguir, e agora sem essa restrição para os graduados em jornalismo, fica muito mais fácil. O problema é que agora eu no meio de um dilema: minha vontade pende mais pro lado do jornalismo, no entanto, acho que eu teria uma instrução muito mais adequada para o tipo de profissão que eu quero seguir se eu fizer letras.

Ai, como eu adoro ficar na dúvida. Adoro! ¬¬

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Dependente de Si

Minha mãe foi visitar uma amiga e sua house-to-be, uma pequena construção de dois quartos, sala, cozinha e uma garagem com espaço para a moto do marido. "Marido? Eles não estavam separados?", eu perguntei. Minha mãe respondeu que não, em vez de separar-se do marido, ela fez algo muito mais "esperto": passa a semana em um apartamento e aos finais-de-semana vê o marido. A house-to-be será para esses encontros.

Agora me diz, que tipo de relacionamento é esse que marido e mulher precisam passar cinco dias sem se ver? Tenho certeza que não um saudável. É só uma forma de camuflar o real problema e de ter que evitar a separação. Minha mãe resolveu explicar-se por sua amiga, disse que, como ela não trabalha e não dirige, não convém separar-se do marido. Isto é, o cara serve de sustento para ela.

Por isso que eu adoro viver no século XXI. Onde já se viu mulher precisar ser dependente do marido? Nada disso, atualmente a mulher tem seu próprio espaço no mercado e na sociedade. Acontece que são só aquelas que querem. Aquelas que não querem acabam que nem essa mulher, tendo que arranjar alternativas para conviver com um casamento caindo aos pedaços.

Essa história fez eu refletir em duas coisas: a primeira, é a questão da independência que precisamos construir, a segunda, é a questão de como algumas pessoas, dentro de um relacionamento, têm mais coragem de construir uma válvula de escape para "conviver" com alguém do que dizer "acabou" . Mas essa última fica para outro post, quero mesmo é falar da questão da independência.

Eu sei que nenhum homem é uma ilha, que às vezes precisamos depender de alguém, seja financeiramente, seja emocionalmente. Mas essas dependências deveriam ser nosso plano alternativo, o plano B, não o principal. Afinal, se um dia aquilo que nos sustenta for derrubado, nós seremos levados juntos. E ai, como que ficamos? Sem chão.

Ter o apoio de alguém é essencial para sobrevivência, no entanto, mais importante que isso é nossa autonomia. Autonomia para tomar decisões, para bolar projetos e até mesmo para suportar as eventuais tristezas. Melhor mesmo é ser dependente de si.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

- Qual a graça do twitter?
- Sei lá. Qual a graça dos teus jogos?
- Entretenimento virtual.
- Então. Entretenimento virtual. Mesma coisa.
- Não. Não é a mesma coisa. Twitter não simula um ambiente, tu não pode lutar, tu não pode segurar uma espada, tu não tem poderes mágicos, tu não combate monstros, tu não te torna o heroi salvador de toda terra, tu...

Meu irmão é tão nerd.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

"Desaprovando Pessoas"

- ...e ele usa lentes!
- Tá, eu também já quis colocar lentes. Mas...ele já fez MECHAS.
- Tu também.

Que foi? Nunca viram uma hipócrita antes?

domingo, 2 de agosto de 2009

Hola que tal!

Como eu já falei no twitter, quinta-feira de manhã fui visitar minha amiga Ge em Caxias do Sul. Adorei passar esses últimos dias lá, mesmo que não tenhamos saído muito do apartamento, e mesmo que nossa noite de sábado tenha se resumido em uma xícara de chá e um tabuleiro de Jogo da Vida. Esse é o grande lance das grandes amizades: não é preciso altas programações para nos divertirmos. A companhia já basta.

Mas o que eu queria mesmo falar é do ocorrido BIZARRO na rodoviária na quinta-feira.

Pois bem, cheguei lá na rodoviária totalmente atrapalhada, comprei às pressas a minha passagem e me sentei num banco, esperando o meu ônibus chegar. Com meu jeitinho descoordenado de ser, deixei cair no chão minha bolsa e um cara sentado ao meu lado foi gentil o suficiente para pegá-la para mim. Agradeci, peguei minha bolsa e fiquei na minha.

Bom, aí esse cara me perguntou, em portunhol (porque estava claro demais para ser espanhol e enrolado demais para ser português) se eu era de Porto Alegre e para onde eu ia e tal e tal. Respondi e fiz as mesmas perguntas e a gente começou a conversar. Ou melhor, ELE começou a conversar, porque eu não estava lá muito a fim de ficar de papo com o cara.

Enfim, ele me disse que era argentino, de Bariloche, e que veio para o Brasil estudar (na UFRGS), mas que ia voltar para Argentina visitar a família. Me perguntou se eu ia voltar no sábado de manhã, e se eu não gostaria de tomar um café com ele.

Olha, eu até não veria grandes problemas em conhecer o cara, mas café num sábado de manhã, depois de uma conversa de minutos com ele não fez minha cabeça. Pensei em sei lá, dar meu msn para ele, no máximo.

Mas não, ? Ele queria meu telefone. Passei o telefone ERRADO pra ele e ele me deu o dele e pediu que eu tirasse uma foto dele para que eu lembrasse dele. Tipo, eu conheci ele há dois minutos e ele já fazia questão de ficar guardado na minha memória.

Aí ele começou a demonstrar seu lado galanteador e argentino de ser. Disse que gostaria muito de me ver de novo, porque afinal nada é por acaso e não é todo dia que damas encontram cavaleiros por aí. Sim, assim mesmo.

Ele também me disse que o sonho dele era viajar pelo mundo e encontrar um grande amor. Que bonito e clichê, não?

- É mesmo? Meu sonho também é viajar pelo mundo afora.
- Viu? É por isso que você precisa me encontrar no sábado de manhã. Quero muito te conhecer.
- Ahm.

Aí ele começou a jogar um charme de sou-um-cara-legal, dizendo que ele que ele, os irmãos e irmãs (aparentemente ele tem quatro irmãs e quatro irmãos) iam para festas juntos, e que ele sempre tomou muito cuidado com as irmãs em relação aos homens com quem elas se envolviam. Porque afinal, eu não vou querer, e nem mereceria, um cara que "não me trate com carinho e que só queria passar a mão nos meus peitos e na minha bunda, certo?" Então ele sempre alertou as irmãs quanto à homens desse feitio.

Blá, blá, blá, chegou a hora de eu me despedir. Ele disse que se eu chegasse sábado de manhã, era para eu ligar para ele para tomarmos um café, e que se não pudesse, ele iria, no ano que vem (n o a n o q u e v e m) me ligar para combinarmos uma coisa.

- Não vai ter problema? Posso te ligar mesmo?
- Pode. (boa sorte com quem te atender, amigo)
- Mas não sei...será que tu não vai estar casada até lá?

CA-SA-DA.

hahahahahahahahahahahahahahahaha meu filhoooo, eu não tenho nem namorado, aliás, NUNCA TIVE um namorado. Não é nem questão da minha vida amorosa estar no fundo do poço, é questão dela simplesmente NÃO EXISTIR. No mais, ano que vem eu vou ter apenas 18 anos. Casamento é definitivamente a última coisa que eu vou querer na minha vida.

Bom, meu ônibus chegou, e eu me fui. No iníco até fiquei meio que com remorso do cara, hahaha, vai que um dia ele resolve me ligar mesmo e atende uma pessoa super nada a ver? Mas , como ele disse, "nada é por acaso e se for para nos encontrarmos de novo, nós iremos".

Pois é.

É cada um que me aparece que eu vou te contar.

sábado, 1 de agosto de 2009

Pega(o) de Surpresa!

Ontem a noite, assistimos um filme eu e a Paulinha- nas partes que ela não dormiu,ela assistiu :X. Bom, o nome era 'Eu, meu irmão e nossa namorada' e no finalzinho o carinha principal disse algo sobre não desejar que os filhos tenham planos pra suas vidas, e sim que sejam pegos de surpresa. E é realmente isso que eu desejo pra minha vida: ser pega de surpresa!

Não quero mais estar acostumada aos meus sentimentos, muito menos à minha vida. Eu quero a expectativa de algo novo, porque isso por si só já é um entusiasmo. Mas para estarmos prontos para 'ser pega(o) de surpresa' precismos estar prontos para correr riscos bons e ruins. Porque podemos ser pegos de surpresa e nos decepcionar, como podemos simplesmente não imaginar mais nossa vida sem isso ou sem aquilo. Quem não aceitar correr riscos não pode desejar ser pega(o) de surpresa, pode apenas desejar ter e sentir todos os dias as mesmas coisas. Pra alguns isso basta, pra mim não.

Parece empolgante estar na mira do imprevisível, das decepções e dos extases. Viver cada dia com um entusiasmo novo, uma vontade diferente, um sentimento mais forte, com uma dúvida inusitada.Parece realmente demais viver sem o tédio e com direito a desatinos!