Mudanças são tão sutis e ao mesmo tempo tão impactantes. Com o passar do tempo nós adotamos algumas características, mudamos a maneira de pensar, falar, agir e, quando menos esperamos, já nem nos reconhecemos mais. Nós mudamos, e às vezes nem percebemos a transição.
Em um pequeno espaço de tempo eu consegui mudar algo que há muito tempo queria: consegui agir com menos emoção. Embora com algumas recaídas, eu consegui agir com menos efusividade e doçura e passei a agir com mais razão e arrogância. Não digo que foi exatamente o ideal, mas com certeza era melhor do que dar de cara na parede over and over again, uma coisa que acontecia muito comigo em função de todo aquele lado sonhador e sensível.
Mas como eu disse, não foi exatamente ideal essa transição tão brusca. Aí, eis que acontece - de novo - uma coisa que acende uma pequena chama no meu coração. Não faço a mínima ideia do que foi, mas acho que foi aceitação. Passei a aceitar algumas pessoas como elas são, aceitar minhas obrigações, aceitar algumas situações e aceitar minhas falhas, para que eu pudesse consertar meus defeitos. Mas principalmente aceitar que, se não estamos contentes com alguma coisa, só nós para mudar. E foi o que eu fiz, eu mudei, ó. Mudei o que não estava me agradando e de repente me vi livre de muitas outras coisas que eu nem sabia que me incomodavam. E isso me deixou tão feliz.
Acontece que com tudo isso eu acabei restaurando um pouco de meiguice na minha vida. Arrogância ainda existe, mas ao lado da meiguice. O que é bom, porque assim fica um equilíbrio bacana entre as duas idiocracias. Aos poucos vou me adequando de forma pragmática o que eu quero ser e um pouco com o que eu, em teoria, preciso ser para get by around here.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
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