Vou ter que comentar. Porque acho que foi a notícia mais comentada nas últimas 20 horas. E eu mesma, quando ouvi, fiquei atônita. Ok, não fiquei atônita, mas um tanto surpresa.
Enquanto voltava para casa, ouvi na BandNews FM uma repórter comentar que o fato mais marcante do dia, na sua opinião, foi o Obama ter dito que achava do Lula "o cara". Não duvido da opinião do presidente norte-americano, mas questioná-la e analisar a frase dentro da situação mais aprofundadamente não fará mal, certo?
O jogo de palavras na política tem uma influência atroz e, sabendo escolher as palavras certas dentro de um contexto apropriado, ele pode vir a ser extremamente vantajoso para o estado. Neste caso, o estado norte-americano. Ao passo que o presidente da maior potência mundial elogia o presidente da nação brasileira, ele também reduz demasiadamente o anti-americanismo no Brasil, uma vez que uma parcela significativa da população se identifica com o Lula. Portanto, ele alinha indiretamente esta parcela da população à nova política externa norte-americana. E, ao mesmo tempo, abafa as pretensões de Hugo Chavez e seus aliados na América Latina.
Não estou dizendo que o cometário de Obama foi repleto de segundas intenções ou que não foi sincero. Mas é inegável o fato de que sua atitude foi extremamente oportunista, além de uma jogada política muito inteligente. Não é a toa que ele chegou ao cargo presidencial, e, se for relevar a minha opinião, quem é "o cara", é ele.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
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