Vocês querem saber da onde veio minha propensão a fazer drama? Estão curiosos? Então lá vai:
minha mãe.
Ontem pedi que ela me levasse pro salão de beleza. Queria pintar o cabelo. Bom, já foi um drama para convencê-la a me levar até o salão. Depois de um pouco que insistência, consegui. No carro, ela me perguntou o que eu ia fazer, afinal. Disse que ia pintar o cabelo. Pintar, não fazer luzes.
Nisso ela fez um barulho de quem levou uma pancada no estômago e gritou "MEU DEUS, TU VAI ESTRAGAR TEU CABELO!". Bem assim. Exatamente no mesmo tom de desespero e desaprovação que se eu dissesse que, sei lá, eu ia ter um filho. Só que em vez de dizer que ia estragar a minha vida, ela disse que eu ia estragar meu cabelo. Eu disse que sabia cuidar do meu cabelo, exatamente no mesmo tom de convicção que eu diria se dissesse que saberia cuidar de um filho, se eu resolvesse ter um ( o que não acontecerá dentro dos próximos 10 anos, pelo menos).
Só sei que esse "meu Deus tu vai estragar teu cabelo" mexeu comigo e eu quase deixei pra lá a pintura. Mas não deixei. Pintei mesmo o cabelo e não estou arrependida.
Mas taí a origem da minha tendência a dramatizar as coisas. Afinal, passei os últimos 17 anos só ouvindo trovões e vendo relâmpagos dentro de pequenos copos de doses de tequila. O resultado? Um desespero sem pudor, e, por isso mesmo, tão intenso! hahahaha
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário