Ah, não...

Eu acordo mal humorada, por causa do sono. Mas quando chego na aula, eu converso com minhas amigas, dou risada dos colegas, dos professores, e esqueço do sono. Começo, inclusive, a ficar bem humorada.

Aí eu preciso pegar ônibus para voltar para casa e lá se vai meu bom humor...

Porque sério, eu odeio pegar ônibus. Tudo bem pegar ônibus para ir de um bairro ao outro, mas para ir de uma cidade a outra, não dá. Se ainda fossem aqueles com poltronas e ar condicionado, bom, aí eu não reclamaria. Mas ficar uma hora dentro de um ônibus lotado e abafado é o que me tira do sério. Tem gente que se irrita particularmente quando alguém lhe ofende, tem gente que se irrita com o trabalho, com a faculdade, com outras pessoas, enfim. Eu me irrito - entre outras coisas também, mas em especial - particularmente com ônibus. Eu fico a tarde toda em Porto Alegre para voltar com meu pai para casa, só para não pegar ônibus, mesmo arriscando chegar as 8 da noite. Eu recuso convites para não ter que pegar ônibus. Sério, eu odeio pegar ônibus.

Mas como na vida nós temos que passar por diversas situações desagradáveis, hoje peguei o PONTE GRAVATAÍ, visto que meu pai foi viajar e não tenho outra opção de transporte. Tava tudo muito tranquilo até: eu e meu ipod, meu ipod e eu, no nosso cantinho. Eu estava bem humorada, pensando na vida... Ok. Mas aí chegamos em Cachoeirinha e o ônibus começou a lotar. E lotar. E lotar. Poucas paradas depois estávamos todos morrendo asfixiados. E aquele sol batendo na minha janela. Legal. Aí depois, quando o ônibus estava - graças a Deus - esvaziando, tendo na minha frente dois assentos desocupados, um cara senta do meu lado. Pô, do meu lado. Com dois assentos disponíveis só para ele. Só para obstruir minha passagem na hora de descer.

Mas tá, eu aturei. O que realmente me deixou braba foi ter que esperar minha mãe por 20 minutos no sol. Não, o que realmente me deixou braba foi a discussão que aconteceu depois.

Boa tarde, mau humor.