utopia

não sei quanto aos outros, mas quanto a mim sempre tive vontade de transformar a vida das pessoas, e se possivel até mesmo o mundo. porque, sinceramente, o mundo do jeito que é, as pessoas do jeito que são, me repugnam. mas não gosto de criticar e nem julgar niguém, apenas de mudar, tentar, arriscar. é fascinante pensar que o meu destino se traçou com o de outra pessoa e eu possuo o poder marcá - la, ou simplemente, ser mais uma que passou em sua vida. não que seja fácil marcar a vida de alguém, mas o fascinio está no desafio. perceber que aquela pessoa já não é a mesma de quando a conheci, porque eu a ajudei a ser melhor, eu a fiz ver as coisas de outra maneira, eu fiz parte da sua vida; perceber que aquela pessoa leva consigo um pedaço de mim, que eu, realmente, fui importante e mesmo se nos afastarmos, para sempre farei parte dela, é extremamente prazeroso, pelo menos pra mim.
é como se o sentido da minha vida estivesse em dar sentido à vida de alguém, sendo o melhor que eu possa ser. não que eu não erre - na verdade, erro até demais - mas não são erros maldosos, com a intenção de machucar, mas sim erros ingênuos, com a disposição de aprender.
e era assim que eu queria que o mundo todo visse a vida; que todas as pessoas tivessem um objetivo além do dinheiro e bens materiais; um objetivo humano, afinal, é o que deveríamos ser: humanos. e não meras criaturas que simplesmente se suportam e fingem que se gostam.
eu gostaria que o mundo não fosse hipócrita. que pudessemos acreditar em sua sinceridade. e que cada um, quando chegasse seu fim, podesse olhar para si mesmo e orgulhar - se do que foi.