Eu deveria mudar o nome do blog de "Agora NÓS temos um blog" para "Agora EU tenho um blog" , porque a Juh postar aqui nem pensar né.
Mas enfim...
Ontem terminei meu livro, depois de quase um mês lendo. O que pra mim é muito tempo, já que o livro é pequeno e tudo mais. Mas pelo fato de eu ter demorado pra ler não signifique necessariamente que o livro seja ruim, alias, é muito pelo contrário.
O livro que me refiro é "High Fidelity", de Nick Hornby. E não tem muito uma história que te deixa intrigado e curioso, mas sim partes em que o personagem principal, o Rob, fala umas coisas que...sei lá, te deixam pensativo.
É um livro que fala sobre um relacionamento falido, em que Rob se surpreende ao perceber que realmente sente falta da ex, a Laura. Aí conta como ele correu atrás, e o que fez no tempo em que estavam separados, e tudo que ele pensou sobre ela, sobre eles e sobre o que deu errado na vida dele.
E não têm muito mais sobre a história que isso. Mas eu gostei do personagem. Ele se subestime muito, mas não devia. Ele se acha insensível e amargo e monótono e sem graça, mas ao longo da narração dele dá pra perceber o que ele não é tudo isso. Um pouco, quem sabe, mas não são características predominantes de personalidade dele.
Enfim, o livro é pra ser um romance. Eu acho. Porque não têm situações românticas idílicas nem nada. É um livro sobre a vida real, e é isso que eu mais gostei da história.
Porque convenhamos, todo romance tem a sua realidade enfeitada, né. Todo mundo é lindo e perfeito e sensual e blábláblá. E aí quem precisa aprender por conta própria que a vida não é assim, que as vezes o príncipe não é tão encantado e que a princesa não nasceu perfeita e quase se mata com a dieta de todo dia pra vestir uma calça 36, quem precisa aprender isso tudo sozinhos somos nós. Quem precisa aprender que nem toda jura de amor eterno é de fato eterno, e que o "felizes para sempre" pode ter fim no próximo mês, quem precisa aprender a lidar com tudo isso somos nós. E é melhor assim. Eu, pelo menos, não gostaria de viver em um conto de fadas. É perfeito demais, e enjoativo demais. Se tudo estivesse pronto e elaborado pra nossa felicidade, acabaríamos perdendo toda a diversão que a gente têm construindo o próprio final feliz. Por isso que a gente precisa se contentar que o perfeito não precisa ser perfeito, mas sim na medida certa para cada um de nós.
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"Doesn't matter the ending, what really matters is the ride."
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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